A ocupação do Brasil sob o ponto de vista étnico e a formação de culturas regionais
A ocupação do Brasil sob o ponto de vista étnico e a formação de culturas regionais.
O tipo de economia implantado pelo colonizador português durante o período colonial justifica a formação de diferentes culturas regionais no território brasileiro. Três áreas distintas foram estruturadas durante a fase colonial:
1- A Indo América: área identificada na Amazônia, Centro Oeste e alguns estados do Nordeste. A Região Norte teve o extrativismo como atividade econômica básica. Portugueses e indígenas deram origem ao caboclo amazônico. A inexistência de grandes lavouras monoculturais justifica a não presença de negros na área. O clima e os solos da região sempre dificultaram a implantação de atividades agrícolas. Isto justifica a presença, ainda hoje, de vários traços culturais indígenas na área.
No Centro Oeste, a distância do mar e a presença de solos ácidos, salgados, que dificultavam a lavoura, justificam o pouco interesse do colonizador pela região. Poucos europeus são identificados na área, miscigenação observada com nativos, lavouras de subsistência e pecuária, atividades que recrutavam poucos trabalhadores, o que sempre justificou as fracas densidades demográficas na região.
Na Região Nordeste, nas áreas ocupadas pela pecuária, tais como Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, miscigenação de europeus com indígenas, deve ser lembrado que os indígenas não se adaptaram à lavoura, não possuíam este traço cultural, mas se adaptaram muito bem à pecuária.
2- A AFRO AMÉRICA: área identificada em estados do Nordeste onde a grande lavoura sempre comandou a economia . Maranhão (algodão), Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe ( áreas de atividade açucareira), o trabalho escravo foi recrutado em larga escala, visto que os negros já praticavam a agricultura no continente africano com bons resultados de produção. A massa negra transportada da África para as regiões produtoras de açúcar e algodão permitiu o enraizamento de vários traços