A ocorrência da linguagem humana
Para Pinker a linguagem humana é universal, já que ela é um componente neurológico da espécie e portanto segue mesmas regras de funcionamento para todos os indivíduos que possuem perfeito desempenho cerebral. Ele apresenta diversos casos que exemplificam sua teoria. Um deles é o do povo isolado na Nova Guiné e descoberto pelo garimpeiro Leahy. Este povo, do qual ninguém tinha conhecimento, possuía uma língua com a complexidade e gramaticalidade comuns das línguas humanas.
Com o mesmo objetivo, ele usa a citação do linguista antropólogo Edward Sapir: “Quando se trata de forma linguística, Platão não se distingue do guardador de porcos Macedônio, ou Confúcio, do caçador de cabeças selvagem de Assam.” Nisto ele baseia-se para explicar a universalidade da linguagem humana, reafirmando que ela ocorre independente da cultura e sempre carregada de complexidade. Um exemplo disso é a engenhosidade da língua kivunjo falada em aldeias das encostas do monte Kilimanjaro na Tanzânia. A pesquisadora Joan Bresnan percebeu que a construção de sentenças nesta língua assemelha-se à da língua inglesa. Segundo o autor, isso também pode ser observado na língua cherokee, em que há pronomes que distinguem “você e eu”, “outra pessoa e eu”, “você e uma ou mais pessoas e eu”.
Pinker cita Max Weinrich “Uma língua é um dialeto com um exército e uma marinha” nisso ele expressa que as línguas não são compostas de uma forma padrão entre dialetos menos importantes, e sim que toda língua possui diversos dialetos que a compõe sem que um tenha uma escala de importância maior que outro.
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