Da história da arte para as mídias
Muitas concepções do campo artístico foram incorporadas na linguagem das comunicações, mesmo que de maneira inconsciente. Do ponto de vista gráfico, as linguagens das vanguardas modernas vêm sendo cada vez mais utilizadas em função de desenvolvimentos técnicos, especialmente na computação. Esses permitem, de forma crescente, o uso das cores nas impressões, além de novos suportes e meios, como vem a ser a tela do computador.
Procedimentos que antes eram possíveis sobretudo através da pintura, que consistiam nas composições coloridas fauvistas, montagens cubistas e “livres associações” surrealistas, hoje proliferaram nas composições jornalísticas e publicitárias, no sentido de materializar visualmente conceitos usados na divulgação de marcas ou na explicitação do assunto de uma pauta de reportagem. Representações de figuras humanas geometrizadas, uso arbitrário das cores, a ilusão de movimento propiciada pela técnica da fotografia, procedimentos de colagem com imagens manipuladas por softwares são muito comuns nas páginas das publicações atuais, produzindo, assim, um sentido de modernidade na atual sociedade de consumo.
Também não há como negar a sintonia que ocorre entre as vanguardas e a nova visão de mundo consolidada pelas ações do jornalismo em correspondência com a realidade.
Enquanto a arte problematiza os seus vínculos com a vida, a relação dos seres humanos com o mundo se torna mais complexa em termos de linguagens, simultaneamente às manifestações de uma consciência científica maior dessas linguagens.
A reflexão produzida pela arte em relação aos elementos plásticos e sua relação com a ação humana através dos “fazeres