a obra de Eça de Queiros o primo basilio
De autoria de José Maria Eça de Queirós, O Primo Basílio é uma “fotografia” que revela a falsa moral presente nas famílias, aparentemente, de bem da sociedade burguesa de Portugal. Narrado em terceira pessoa, o tema central do livro é a infidelidade amorosa cometida por Luísa para com seu marido Jorge. O grande amante dessa situação é Basílio primo de Luísa, e que no passado foram amantes juvenis. Além da infidelidade, essa relação proibida dos amantes, gera uma ação de chantagem por parte da criada Juliana.
A obra combate as principais instituições: a Burguesia, a Monarquia e a Igreja. Critica a cidade, a fim de sondar e analisar as mesmas mazelas, desta vez na capital: para tanto, enfoca um lar burguês aparentemente feliz e perfeito mas com bases falsas e igualmente podres.
TEMPO/ESPAÇO/AÇÃO
O tempo é cronológico, com uma sequência praticamente linear. Surgem quebras, quando Luísa recorda o passado, passando pelo namoro com Basílio e o casamento com Jorge, ou quando o passado de Juliana é revelado pelo narrador aos leitores, a fim de que estes possam compreender melhor a revolta dela.
O espaço está concentrado em Lisboa. Os males que desagregam a sociedade são mostrados no romance. Surgem a decadência moral, a ociosidade, o relacionamento de superfície, o uso das aparências e das convenções, o tédio disfarçado pela aventura, os abusos da sexualidade, a hipocrisia, e assim por diante.
FOCO NARRATIVO
Narrado em 3ª pessoa, apresenta um narrador onisciente que não consegue distanciar-se por completo de suas personagens, o que se caracteriza pela sua onisciência pelo emprego do discurso livre indireto. Há uma intimidade-identificação entre quem narra e quem vive a história.