A FIGURA FEMININA SUBALTERNA: UM OLHAR SOBRE A REPRESENTAÇÃO DA MULHER NA OBRA O PRIMO BASÍLIO, DE EÇA DE QUEIRÓS
Por Renata Porto
1) Objetivos
1.1 – Geral
Discutir as relações de gênero a fim de demonstrar a opressão da personagem subalterna. 1.2 – Específicos
• Refletir a condição da mulher submissa perante o homem.
• Comparar as personagens Juliana (empregada) e Luísa (patroa) através da relação dominador e dominado.
• Observar a mulher no século XIX com o intuito de traçar um paralelo com a mulher na sociedade atual, verificando quais mudanças ocorreram nessa passagem de tempo em relação a sua condição de subalterna.
2) Delimitação do problema
O trabalho busca, em linhas gerais, falar da mulher presente na obra O primo Basílio, atentando para a relação de subalternidade que as mulheres do século XIX eram submetidas, através de um processo histórico em que o homem sempre vai ser aquele que possui o maior poder. Sendo assim, percebe-se na obra, a história do casal Luísa e Jorge, que eram casados e viviam sossegadamente. Isso muda quando Basílio, primo de Luísa, lhe faz uma visita na ausência de Jorge, que teve que viajar para o Alentejo, por questões profissionais. Luísa não resiste e comete o adultério com o primo. Essa traição é vista como errônea e através das atitudes de Luísa, que vivia lendo romances e desejando viver aquelas loucuras que lia, entende-se que essa mulher que trai não ama o marido, procura uma aventura e sente prazer com Basílio, o que seria condenado pela sociedade daquela época, diferente do homem que se caso traísse sua mulher não teria nenhuma punição. Na obra, compreende-se então a condição de subalternizada, pois ela morre como castigo por ter ido contra os costumes. Outra mulher presente na obra é Juliana, criada amargurada, infeliz e que tinha ódio por suas patroas, pela condição de sempre servir e não ser servida. Para ela, ser uma serviçal confirmava sua subalternidade. Vê uma chance de mudar de vida chantageando Luísa, pela traição com seu primo. Nessa