eletricista
1. Cidade de Deus – Paulo Lins (a partir da 2ª. edição)
2. As Melhores Crônicas de Rachel de Queiroz – Rachel de Queiroz
3. Espumas flutuantes – Castro Alves
4. Farsa de Inês Pereira – Gil Vicente
5- São Bernardo-– Graciliano Ramos
6. Papéis avulsos – Machado de Assis
7. Sagarana – Guimarães Rosa
8. O Primo Basílio – Eça de Queirós
9. Bagagem – Adélia Prado
10. O Planalto e a Estepe- Pepetela
1- Cidade de Deus, de Paulo Lins
Comentário
Neste seu romance de estreia, Paulo Lins faz um painel das transformações sociais pelas quais passou o conjunto habitacional Cidade de Deus: da pequena criminalidade dos anos 60 à situação de violência generalizada e de domínio do tráfico de drogas dos anos 90. Para redefinir a situação do lugar onde cresceu, Lins usa o termo "neofavela", em oposição à favela antiga, aquela das rodas de samba e da malandragem romântica.
O livro se baseia em fatos reais. Grande parte do material utilizado para escrevê-lo foi coletado durante os oito anos (entre 1986 e 1993) em que o autor trabalhou como assessor de pesquisas antropológicas sobre a criminalidade e as classes populares do Rio de Janeiro.
Cidade de Deus é um romance que traz fortes traços culturais de um povo predominantemente negro, cultuador da Umbanda e do Candomblé, devoto de São Jorge, amante do carnaval e dos ritmos brasileiros como o samba de partido alto, hoje mais conhecido como pagode; tradicionalmente frequentador de clubes e bares, da praia do final de semana, da culinária associada às comidas fortes e ao consumismo popular por influência da mídia.
Foco narrativo
Escrito em terceira pessoa, Cidade de Deus é extensa narrativa que pode ser analisada como romance naturalista, quando descreve o modo de vida de seus personagens. A infância dos bandidos, nas brincadeiras de pipa, pião, futebol, nos banhos de rio e no contato com a natureza, marca esse naturalismo e depois, na