Filosofia, retórica e democracia

3.1 Filosofia, retórica e democracia
A argumentação começou com os pré-socráticos, e eles especificaram as suas ideias, mas o desenvolvimento da argumentação deu-se primeiro com os sofistas e a seguir também, de acordo com os sofistas, por parte de Sócrates e Platão.

Sofistas
A argumentação vai-se desenvolver muito pelo facto, de em Atenas Clássica, se viver uma Democracia. O terreno propício ao desenvolvimento da argumentação é um terreno democrático porque se tivermos um ditador que nos impõe as suas ideias, não vale a pena argumentar.
Portanto, argumentação desenvolve-se no terreno democrático porque numa democracia vence quem fala melhor, e vence quem convence, porque para ascender ao poder e ter sucesso numa democracia, é ganhar o apoio dos outros, é convencê-los, ganhar o voto deles.
Ora, em Atenas, nessa altura, está se a passar de uma aristocracia para uma democracia. Quer dizer, agora ninguém tem assegurado o sucesso político, o poder. Antes o filho de um aristocrata sabia que ia ter sucesso. Mas agora não, não sabe se vai ter êxito, influência. Ate a arte de guerrear, com a democracia, deixou de ser ensinada, porque antes para os filhos terem sucesso, aprendia a guerrear, o que lhes garantia sucesso, mas numa democracia isso não tem sentido, nesta, ascende socialmente, e vence, quem sabe falar bem, quem sabe argumentar.
Ora, neste contexto, vão aparecer os sofistas, que eram professores itinerantes, isto é, andavam de um lado para outro, e que se dedicavam ao ensino da retórica, à arte do bem falar, de argumentar. Estes eram contratados pelos aristocratas, indivíduos mais ricos, e com mais poder, para irem ensinar os seus filhos a falar bem e a argumentar porque agora a única forma de terem sucesso era esta. Ora, andavam de um lado a outro, a ensinar os jovens, mas este ensino não se preocupava com a realidade, não lhes interessava o bem, nem saber quem é realmente o homem, qual a sua origem, etc. Só lhes interessava ensina-los a vencer uma