Retórica
• Filosofia, Retórica e Democracia encontram-se unidas por laços estreitos, desde a sua génese, pelo logos e são invenções gregas. A civilização grega, do século V a C., distinguiu-se de todas as demais por assentar no poder da palavra (logos = palavra, razão, discurso). • Na polis grega a Retórica era o método para a resolução das questões da cidade e a vida pública de Atenas estruturava-se em função de duas coordenadas centrais: a democracia e a retórica.
• Na Democracia, a palavra tem um papel essencial para o debate, o confronto de posições e a defesa das ideias e teses. E assim surge a retórica.
• Só os cidadãos que dominassem a retórica poderiam tornar-se líderes políticos, participar nos debates da Ágora, participar nas assembleias e integrar os tribunais. Necessitavam de bem falar e argumentar para persuadir os concidadãos.
• Aos Sofistas ou Retores se deve o desenvolvimento da Retórica e das disciplinas associadas à Palavra, a qual deve estar ao serviço da persuasão/convencimento/argumentação. • A Retórica é uma técnica poderosa de persuasão dos interlocutores.
Os sofistas
• Pensadores itinerantes, oriundos de todo o mundo grego, chegaram a Atenas a partir da segunda metade do século V, momento da consolidação da democracia, ensinavam gramática, retórica e dialética, moral, política, economia e a arete política (virtude ou excelência) a todos aqueles que tinham ambições políticas. São essencialmente educadores políticos.
• Os jovens aristocratas eram os candidatos ideais porque o regime democrático fez com que o poder tivesse de ser conquistado pela palavra e eles necessitavam de formação.
• Na democracia grega só os cidadãos têm direitos políticos.
• Desenvolvem um estudo sistemático de técnicas de persuasão e de argumentação centrando o seu ensino em três artes complementares:
- a retórica (arte de bem falar)
-a dialética (arte de bem dialogar)
-a erística (arte de bem