Trabalhos
ALUNO: ARTHUR LUCIANO DA SILVA LETRAS V
ESTUDO DIRIGIDO
O PRIMO BASÍLIO
Eça de Queirós
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Trata-se, nesta parte, do final do século XVIII, quando começa a extinguir-se a terceira e última fase do Romantismo português. O surgimento da evolução tecnológica e, em decorrência, cultural tende a esvaziar os ideais românticos que prevaleceram por quase quarenta anos.
Portugal — embora tenha conhecido no período uma certa estabilidade, vê-a definhar, em face de suas dificuldades estruturais de economia — contempla uma Europa renovada nos planos político, social, econômico e cultural. E não apenas contempla, mas também se vê invadido pelas novas conquistas do velho mundo, já que uma juventude operosa e inteligente está atenta àquilo que lhe chega — em 1864 Coimbra se liga à rede européia de caminho-de-ferro — principalmente da França.
Portugal assenta-se, incomodamente, numa situação que privilegia o processo oligárquico, com tendências conservadoras, o que impede a visão de novos horizontes sociopolítico-culturais. É nesse ambiente que floresce a “Geração de 70”, influenciada pelos modelos franceses buscados em Balzac, Stendhal, Flaubert e Zola.Os jovens acadêmicos portugueses absorvem as teorias emergentes, tais como o Determinismo de Taine, o Socialismo “Utópico”de Proudhon, o Positivismo de Auguste Comte e o Evolucionismo de Darwin, entre outras novidades no campo das Ciências e da Filosofia. Nesse cenário, um acontecimento é marcante: a Questão Coimbrã.
O veterano Antônio Feliciano de Castilho escreve um posfácio à obra Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas, seu discípulo das letras. O dito posfácio ataca violentamente o ideário da “Geração de 70”.
Instaura-se, abertamente, a rivalidade. Antero de Quental, jovem líder do grupo que se opõe a Castilho, contra-ataca com o opúsculo intitulado Bom Senso e Bom Gosto, em 1865, no