maracuja
Vegetal tesouro por onde encontrado!
Planta genuína do nobre Cerrado.
Generosa espécie espalhada ao léu
Por vales, montanhas, ladeiras e serras.
Que tanto valoriza as brasileiras terras.
É o vinho dourado do irmão que labora
Este tão amado gênero passiflora.
Melhoramento genético do maracujá: passado e futuro
Laura Maria Molina Meletti
Marta Dias Soares-Scott
Luís Carlos Bernacci
Ilene Ribeiro da Silva Passos
Introdução
O maracujá-amarelo é cultivado em quase todo o território nacional, destacando-se como principais produtores os Estados da Bahia, Sergipe, São
Paulo, Pará e Minas Gerais. O Brasil é, atualmente, o maior produtor mundial desse maracujá, tendo cultivado 34.778 ha em 2002 (Agrianual, 2004). Isso representa mais um ciclo de retração da área cultivada no País, uma vez que, em 1996, por exemplo, estimava-se que 44.000 ha fossem ocupados com maracujá. Entre outros fatores, as várias moléstias que afetam a cultura e a inexistência de cultivares resistentes despontam como as causas mais significativas. Algumas espécies não cultivadas têm acenado com contribuições importantes ao melhoramento genético por apresentarem resistência a doenças ou a pragas, longevidade, maior adaptação a condições climáticas adversas, período de florescimento ampliado, maior concentração de componentes químicos interessantes para a indústria farmacêutica e outras potencialidades, quase todas, ainda inexploradas. Entre essas, destacam-se P
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setacea, P cincinatta, P caerulea, P incarnata, P maliformis, P foetida, P nitida e
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P quadrangularis.
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No entanto, a utilização da ampla diversidade genética dentro do gênero Passiflora, em função do elevado número de espécies nele presente, ainda tem sido pouco explorada, inclusive no Brasil onde se localiza o maior
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Maracujá: germoplasma e melhoramento genético
centro de dispersão geográfica do maracujá. Apesar dessa condição
privilegiada