maracuja
ISSN 1808-9984
Petrolina, PE
Outubro, 2005
Foto: Carlos Alberto da Silva
Análise do Custo de Produção e Rentabilidade do Maracujá Explorado na Região do Submédio São Francisco
José Lincoln Pinheiro Araujo1
Edilson Pinheiro Araújo2
Rebert Coelho Correia1
O Brasil, com uma produção anual de cerca de
380.000 toneladas, ocupa a posição de maior produtor mundial de maracujá. A região Nordeste é a maior produtora, respondendo por cerca de 45% da produção nacional, sendo Bahia e Sergipe os estados que registram produções mais expressivas. Nessa região, um pólo de produção dessa frutífera que está em franca expansão é o
Submédio São Francisco, já contando com cerca de
1000 hectares cultivados com maracujá, concentrados principalmente, nos municípios de Juazeiro–BA e
Petrolina–PE. Vale ressaltar que nesse agropolo, os cultivos do maracujazeiro estão concentrados nas áreas de colonização dos diversos perímetros de irrigação ali instalados. Esse fato confirma uma tendência dessa frutífera, observada em outras zonas de produção, que é de ser altamente ajustada ao tipo de exploração agrícola executado nas pequenas unidades produtivas. O longo período de safra do maracujazeiro, que varia de 10 a 12 meses no Nordeste, permite um fluxo de renda equilibrado, que pode contribuir para elevar o padrão de vida das pequenas propriedades rurais de exploração familiar. Atualmente, com o interesse do governo em dinamizar a pequena produção, o maracujazeiro será uma das culturas mais incentivadas para exploração nas áreas
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de colonização dos perímetros irrigados do Semi-Árido, pelo seu relevante caráter social.
Tendo em vista a importância econômica e social que tem a exploração do maracujá no Submédio São
Francisco, procurou-se, nesta pesquisa, analisar os custos de produção e a rentabilidade da exploração de maracujá nesse agropolo. Como se trata de um cultivo que demanda elevados custos de produção, é importante que
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