A NOÇÃO DE LIBERDADE NO EMÍLIO DE ROUSSEAU.
A obra Emílio de Rousseau vem expor seus pressupostos sobre a liberdade, educação e bondade natural, a principal característica de seu pensamento é de educação pela liberdade e educação para liberdade, ou seja, só alcançam uma educação livre dos vícios da sociedade, aqueles que usufruem de uma educação sem imposições.
Trata-se de cultivar as necessidades da natureza humana, da bondade humana, pois todos nascem livres, porém nos tornamos escravos á partir do momento em que somos influenciados pelo meio em que vivemos.
Para que isso não aconteça, Rousseau diz: que a principio devemos respeitar a criança como criança, sua inocência imaculada oferecendo-lhe uma infância plena. A primeira manifestação da liberdade natural do homem é a física, seu corpo exige movimentação, sendo assim, as crianças devem correr, pular, brincar, movimentar todos os seus membros. Ela pode cair e se machucar até mesmo ter algum comportamento violento, mas logo a dor adverte a mudar de conduta.
Após ultrapassar a liberdade do movimento ela se transforma na liberdade da vontade, quando se torna capaz de realizá-la, a criança está livre totalmente, porém este “fazer a sua vontade”, implica em ser capaz de bastar a si mesmo, e não de impor algo a outro, o homem verdadeiramente livre, só quer o que pode e faz o que lhe agrada.
Quando o individuo alcança o estágio consciente e moral de seu desenvolvimento, a experiência de controlar seus desejos exemplifica a liberdade da vontade, pois por mais que o homem deseje algo externo, ele deve adquirir forças suficientes para realizar apenas o que é naturalmente necessário, a assim será feliz, bastando a si mesmo, sendo auto-suficiente. É neste momento que a sociedade tenta destruir esta auto- suficiência, o cobrindo de necessidades artificiais e fantasiosas, tornando os desejos ilimitados.
As imposições sociais não são generalizadas públicas, elas partem de alguns indivíduos, de determinados grupos ou