A noção de justiça em platão
A força é a negação da justiça. No entanto, sem o uso da força, a humanidade jamais teria sido capaz de descobrir o que é a justiça e como se deve agir para ser justo.
Ao assistir a condenação de Sócrates, que era, em sua opinião, “o mais justo dos homens de meu tempo”, sua vida tomou um novo rumo: a busca de uma reflexão a partir da qual fosse possível encontrar o significado teórico no sentido de encontrar o conteúdo da ideia de justiça, mas também o significado pratico, no sentido de encontrar um modo pelo qual fosse possível uma nova ordem política que restituísse a justiça as sociedades humanas.
A morte de Sócrates ensinou Platão que a vida humana não esta vinculada ao conceito de justiça, a vida lhe ensinou que não é possível a condição humana viver sem uma reflexão inerente a pratica da justiça.
Antes de Platão
A noção de justiça, enquanto pratica de restauração da justiça, já está presente nos primórdios da cultura grega, na mais remota antiguidade. Talvez se possa dizer que, antes de Platão, a justiça era entendida como o ajustamento necessário de forças – que se opõem exatamente para estabelecer a ordem cósmica.
Era tido por “justo” todo equilíbrio entre forças opostas ou divergentes, por haver uma lei interna que retira do movimento universal seu aparente caráter aleatório e lhe atribui uma harmonia própria e absolutamente necessária. Esta noção de uma justiça natural presente na ordem universal foi também uma das principais fontes inspiradoras da busca de conhecimento e da reflexão sobre a presença da justiça como uma ideia na qual Platão buscava um sentido oculto para a vida humana.
A ordem justa e a injustiça humana
Foi muito antes de Platão que apareceram os contrastes entre este caráter ordenado e justo do mundo físico e as injustiças inerentes aos atos e aos fatos da vida humana. Foi na vida humana, enquanto relacionamento entre indivíduos e principalmente enquanto convivência social, que a injustiça encaminhou