A nova historia da cartografia
Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
O principio básico da cartografia é a substituição de um espaço real por um espaço analógico e a partir desse principio o homem adquiriu um domínio intelectual do universo que trouxe inúmeras consequências. Desde o século XIX a historia da cartografia foi assimilada à da tradição ocidental Europeia atingindo seu auge no atual mundo desenvolvido. A evolução da historia da cartografia partiu de formas rudimentares para obter um nível superior de aplicação numérica. Os mapas eram considerados marcos significativos da evolução da humanidade, deste modo, os mapas que não demonstravam progresso rumo a objetividade deixavam de ser estudados, alguns dos primeiros mapas da cultura europeia, grades planisférios da idade média Cristã, eram considerados indignos de atenção científica. Os mapas das culturas não-europeias eram desconsiderados ao epicentro da cartografia (a opinião tradicional sobre a historia da cartografia islâmica realça a tendência dos europeus de ver o mundo segundo sua própria imagem). Os mapas da cultura não-europeia só recebiam atenção quando apresentavam alguma semelhança com os mapas europeus porque o interesse era descobrir semelhanças cartográficas nessa cultura remota e não analisar suas diferenças. No processo histórico cartográfico deu-se muita atenção as tradições “científicas” chinesas, um eminente cientista afirmava que a notável produção da cartografia chinesa, com exemplares que remontavam ao século IV a.C., era “a mesma ciência” desenvolvida antes na Europa. Por muito tempo a historia da cartografia deixou-se aprisionar pelas categorias e definições dos eruditos, mas para contestar essa perspectiva eurocêntrica adotamos, em 1987, foi emprega no primeiro volume de uma nova Historia da cartografia uma definição de mapa que permitia introduzir certo relativismo no estudo histórico das cartas geográficas, dessa forma a historia da cartografia começa a