A Música na Ditadura Militar Brasileira
Na década de sessenta, o Brasil era assolado por um golpe militar de direita contra o qual toda a intelectualidade ligada à esquerda se mobilizou. No campo artístico, passa a ser produzida uma música que protesta por meio da análise de mensagens subliminares embutidas nas canções de protesto. Nessa mesma época foi marcada por efervescência no campo político-social do país. Uma vontade de participar ativamente da política interna é despertada em diversas camadas da sociedade. Os movimentos estudantis são intensificados e passam a agir junto ao povo. Podemos tomar como exemplo os Centros Populares de Cultura, da União Nacional dos Estudantes .
Durante o período da ditadura militar que assolou o país, e principalmente após a publicação do Ato Institucional Nº 5 que dava totais poderes ao governo e retirava dos cidadãos todos os direitos, muitos cantores, compositores, atores e jornalistas foram “convidados” a deixar o Brasil. A repressão a produção cultural perseguia qualquer idéia que pudesse ser interpretada como contrária aos militares, mesmo que não tivesse conteúdo diretamente político. Por conta disso os militares foram capazes de prender, sequestrar, torturar e exilar artistas e intelectuais.
Tropicalismo e a Ditadura
Imagine um tempo em que nada podia ser dito; principalmente a verdade. Congresso Nacional fechado e imprensa censurada. Foi num mundo assim, ou melhor, num Brasil assim, aquele da Ditadura Militar (1964-1985), que a Tropicália vicejou.Na impossibilidade de falar abertamente contra a Ditadura em suas canções, os tropicalistas tinham como principal característica o deboche e a ironia. Não faziam suas críticas de oposição ao regime militar abertamente
.
Os tropicalistas reunidos na foto que virou capa do disco "Tropicália", considerado um manifesto do movimento.
É proibido proibir é uma música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma