A música na arteterapia
A Arteterapia, recurso terapêutico focado na melhoria da qualidade de vida do sujeito, bem como na integração de sua psique, utiliza a arte como meio gerador, em todas as suas modalidades: artes plásticas, teatro, dança, música, etc.
Por ter o foco no sujeito e não no produto artístico, ao indivíduo dentro do setting Arteterapêutico, não é preciso ser um exímio desenhista para desenhar, nem estudar artes cênicas para atuar, ou conhecer harmonia e solfejo para cantar.
O principal, no processo arteterapêutico, é que o sujeito se sinta seguro e livre de julgamentos para que possa se expressar criativamente. A partir da sua produção criativa, ele pode entrar em contato com as questões que precisam ser trabalhadas, seus conflitos, suas sombras, seus recalques.
O uso da música neste processo deve se dar com leveza e liberdade, sendo utilizado naturalmente, sem que se torne algo obrigatório, mas sim, integrado com o todo trabalhado durante os encontros. O poder de cura da música e sua influência sobre os estados psíquicos e emocionais das pessoas, faz com que ela seja uma poderosa aliada no trabalho com a Arteterapia.
Desta forma, é possível escutar música em tudo. O nosso próprio corpo é uma orquestra completa: respiração, batimentos cardíacos, ritmos dos movimentos, nossa voz, etc. As ruas produzem música constantemente: motores, buzinas, sirenes, etc. E também a natureza, trovão, chuva, vento, rio, mar, pássaros.
Entender a música dentro de um conceito amplo pode ser útil para o processo arteterapêutico. A música é capaz de proporcionar saúde, sensibilidade e equilíbrio ao ser humano, agindo em três níveis: biológico, psicológico e social.
A simples audição de uma música pode trazer à tona conteúdos emocionais importantes para a terapia; o trabalho com letras de músicas (leitura, colagens, etc.) também pode ser muito revelador; a produção de ritmos e sons pode propiciar