A míngua de indenidade da infância

567 palavras 3 páginas
FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ – UNIDADE I
CURSO DE LETRAS - PORTUGUÊS/INGLÊS

Rafael Figueira Viana (R.A.: 8410165638). A míngua de completude na infância. Taubaté, Março de 2014.

“A infância é a idade das interrogações, a juventude a das afirmações, a velhice a das negações”, disse Paolo Mantegazza, famoso neurologista, fisiologista e antropólogo italiano. Tomando esta afirmação como fidedigna, é possível prolongar o raciocínio da mesma e anuir que apenas quando nos tornamos jovens percebemos o quão caótica é a infância em nossa geração.
Vivemos em uma sociedade opressora que nos impõe uma cultura fabricada. Mesmo diante de certo progresso, nossa cultura é, antes de qualquer coisa, machista e capitalista. A mídia vulgariza matrizes fortemente capitalistas e aprendemos desde cedo que nascemos para produzir, servir a sociedade e receber algo, gratificante ou não, em troca.
Crianças nascidas em meio às classes marginalizadas aprendem a trabalhar desde muito cedo, são convencidas de que apenas do trabalho se vive, mesmo que se receba algo indigno em troca. Muitas vezes, estas nem têm consciência de que, devido a uma grande falha de nosso governo, existem condições melhores de vida e de trabalho para outras pessoas e, logo, de uma infância mais saudável.
Crianças de classe média ou superior, apesar de disporem de uma infraestrutura melhor, também aprendem prematuramente, de algum modo, a trabalhar. São instruídas pelos pais e pelas mídias a estudar para que um dia tenham um bom emprego e poder aquisitivo. Mais uma vez, convencidas de que apenas do trabalho se vive.
Sem se preocupar tão severamente com outros setores relevantes na boa qualidade de vida, a sociedade acaba por tratar qualquer ser humano como igual, diante do ponto de vista capitalista, e somos induzidos de várias formas a acreditar que é imprescindível servir a sociedade, independente de nossa idade.
Já disse Simone de Beauvoir, escritora, filósofa existencialista e feminista francesa,

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