A mídia e o mito
Uma relação entre o filme:
“Tarzan”
e os textos:
“Em louvor do espanto”- Flusser
“Mito da Caverna” - Platão
Curso: Relações Públicas – 1º semestre
O Filme e o Mito
Ao nos depararmos com filmes e animações, muitas vezes nos emocionamos. Essas obras de ficção ganham espaço em nossa vida e grande importância sentimental. Analisando melhor, podemos observar um aspecto em comum na maioria dessas obras: São análogos com a mitologia. A seguir, serão apresentados exemplos dessas analogias, abordadas através da comparação entre a animação Disney's “Tarzan” e os textos “Em louvor do espanto”, Fusser e “Mito da caverna”.
No texto “Em louvor do espanto”, Fusser inicia suas ideias perguntando “Por que não me mato?”. Começa então a explicar o sentido que levou a essa pergunta, “Imaginemos o homem primordial...surgem as coisas, uma após a outra ou em grupos...diante de toda coisa que advém, o homem primordial treme, espantado, porque toda coisa é nova. Sendo nova, toda coisa é milagrosa...essa situação espantosa podemos identificar, individualmente, como a situação da criança recém-nascida, e, coletivamente, com a situação da humanidade recém-expulsa do paraíso. Nela a pergunta “por que não me mato?” não pode surgir, não há clima para ela. A pergunta que impera nela é “como posso sobreviver” e a resposta a essa pergunta é dedicado todo o esforço da existência humana primitiva.”, Fusser. Como tudo é novo, causa-se o espanto e encantamento pelo recém-descoberto.
A pergunta “Por que não me mato?” começa a ter sentido quando ele explica que a nossa situação como geração tardia é outra, nada nos espanta, porque nada é novo. Não estamos jogados no meio de coisas, mas no meio de instrumentos. “Esses instrumentos são, no fundo, prolongamentos e projeções do nosso próprio eu. As máquinas são nossos brações prolongados, os veículos nossas pernas prolongadas”, Fusser. É como se tudo, ao nosso redor fosse modificado para nosso benefício, e não