Análise Semiótica
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS – DFCH
COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
AMANDA NÓBREGA ALMEIDA OLIVEIRA
O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DO MITO DOS “ROLEZINHOS” SOB A VISÃO BARTHESIANA
VITÓRIA DA CONQUISTA
2014
AMANDA NÓBREGA ALMEIDA OLIVEIRA
O PAPEL DA MÍDIA NA CONSTRUÇÃO DO MITO DOS “ROLEZINHOS” SOB A VISÃO BARTHESIANA
Trabalho referente à disciplina Semiótica, oferecida no semestre 2013.2, como atividade final avaliativa do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Docente: Cibele Barbosa
VITÓRIA DA CONQUISTA
2014
Introdução A sociedade contemporânea acabou transformando o substantivo mito no adjetivo “falso”. O mito tornou-se sinônimo de algo não verdadeiro, o que acabou gerando a ideia equivocada de que não só aquilo que é mito não existe como não tem função. E a realidade do mito mostra algo muito diferente. Semiólogos e linguistas dizem que, ao contrário do que habitualmente se pensa, o mito é uma realidade. Ele apresenta algo muito concreto e vivo. Aliás, é mais do que isso: o mito é uma fala real, que conta uma história e que apresenta um modelo exemplar. "O mito é uma fala” 1, é o que afirma Roland Barthes. Naturalmente, como ele mesmo diz, não é uma fala qualquer. Trata-se de um sistema de comunicação, de uma mensagem. E, como mensagem, pode ser representada por um texto escrito ou oral, assim como por imagens. Desse modo, "a fotografia, o cinema, a reportagem, o esporte, os espetáculos, a publicidade, tudo isto pode servir de suporte a fala mítica"2. E, à razão de Barthes, o mito, ao contrário de significar uma falsidade, expressa algo verdadeiro, ainda que as pessoas possam não perceber. Aliás, esse caráter de oculto do mito talvez seja uma de suas características mais marcantes nas sociedades contemporâneas. No presente ensaio, pretende-se analisar o fenômeno dos “rolezinhos”,