Análise Semiótica
GUESSER, Kelli. kellyguesser@hotmail.com Resumo
Nesta análise caracterizamos a imagem litográfica de Maurits Cornelis Escher mostrando sua importância sígnica e simplificando-a para o intérprete. A litografia ou litogravura é um tipo de gravura. Essa técnica envolve a criação de marcas sobre uma matriz (pedra calcária) com um lápis gorduroso. A base dessa técnica é o princípio da repulsão entre água e óleo. A Litografia é planográfica, ou seja, o desenho é feito através do acúmulo de gordura sobre a superfície da matriz, e não através de fendas e sulcos na matriz, como na xilogravura e na gravura em metal.
Todo tipo de desenho ou pintura é um signo, pois é capaz de produzir efeitos interpretativos na mente. A litografia em questão, nomeada como “Relatividade”, de 1953, é uma das obras mais conhecidas de Escher. Ela mede 29,1 por 29,4 centímetros. A imagem revela uma escada “impossível”, desenhada em ângulos diferentes, em que seres sobem e descem desafiando a lei da gravidade e criando uma sensação estranha em seu intérprete. Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de criar imagens com efeitos de ilusões de óptica. A tela brinca com a composição de dimensões que se vê tradicionalmente em quadros.
Discutiremos esta obra dentro da semiótica e caracterizaremos três tricotomias de C. S. Peirce. A partir das classificações dos signos propostas por Peirce, apresentamos uma análise sígnica da obra litográfica, que apresenta três forças gravitacionais operando perpendicularmente umas em relação às outras. Nela observamos vários espaços impossíveis, manipulações extraordinárias do espaço, tempo e perspectiva, simultaneidade de perspectiva, positivo e negativo intercambiáveis e muita ilusão. Existem nesta obra, três pontos de fuga que ficam além da imagem e que formam um