A mulher nos jogos Olímpicos
Por Sergio Coutinho Nogueira - Webrun
O artigo abaixo foi escrito pelo colunista Serio Coutinho Nogueira, em 2002, sobre a participação feminina nos Jogos Olímpicos. O tema continua atual e ainda mais evidente nas vésperas dos Jogos de Londres. A delegação dos Estados Unidos levará mais mulheres do que homens para a disputa: são 269 mulheres para 261 homens. Pode parecer que o espaço das mulheres atletas já está garantido no evento, mas para alguns países essa é ainda uma barreira a ser enfrentada. Em 2012 será a primeira vez que a Arábia Saudita permitirá que suas atletas participem dos Jogos.
As mulheres tem ocupado um grande espaço nos Jogos Olímpicos e inclusive participaram com grande destaque da Cerimônia de abertura dos Jogos de Sydney, em 2000. Na ocasião, o Comitê Organizador convidou sete mulheres com grande história no esporte australiano, com conquistas e marcas no atletismo e natação, para carregar a Tocha no Estádio Olímpico e acender a Pira Olímpica, tarefa que coube à aborígine Catthy Freeman, que dias depois ganhou a medalha de ouro nos 400 metros rasos. No entanto, a participação feminina nos Jogos é algo muito recente.
Os Jogos Olímpicos idealizados por Pierre de Coubertin baseavam-se nos modelos dos Jogos Gregos Antigos, quando não era permitida a participação das mulheres. Desta forma, em 1896 não havia nenhuma mulher participante entre os quase 300 atletas.
Por ironia, nos Jogos de Paris em 1900, realizados na capital francesa exatamente por desejo e vontade de Coubertin, os organizadores não deram importância a ele e nem o convidaram a participar. Além disso, um de seus “regulamentos” foi quebrado, permitindo a participação de 11 mulheres entre os mais de 1000 atletas. Elas participaram do Tênis e do Golfe, que na época eram considerados esportes olímpicos. A partir daí, a presença feminina só cresceu a cada Olimpíada.
A heroína brasileira foi Maria Lenk, primeira mulher do País a participar de uma