A mulher na política
A ideia do voto feminino não foi abandonada, dando início ao movimento sufragista. Em 1910, Linlinda Daltro e Gilka Machado fundaram o Partido Republicano Feminino, mesmo que nenhuma delas pudesse ser eleita ou mesmo votar. Sua intenção era mobilizar a sociedade em prol dos direitos políticos das mulheres. Em 1922, Bertha Lutz, que era formada em Biologia e Direito, fundou a Federação Brasileira Para o Progresso Feminino (F.B.P.F.), tendo como centro de sua luta sempre os direitos políticos das mulheres, principalmente o sufrágio feminino. A Federação era formada, em sua maioria, por mulherem que compunham a elite intelectual, econômica e profissional, permitindo-lhes um bom trânsito entre a elite política. Usando da publicidade e das relações pessoas, elas visavam "influenciar os líderes políticos e a opinião pública culta" (Hahner, 1981: 112). Apenas em 1934, por influência da F.B.P.F., a constituição instituiu para as mulheres o direito de votar e ser votada.
Com o golpe de Estado de Getúlio Vargas em 1937, o voto femino, pelo qual tanto se lutou, perdeu o sentido. Após a redemocratização, em 1945, a F.B.P.F. não teve mais poder de atuação. No entanto, a presença das mulheres em espaços públicos (sociais e profissionais) ampliou-se, criando conflitos pela necessidade de conciliar as novas atividades com o papel familiar.
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