a mulher na política
Conforme Maria Berenice Dias, a mulher tornou-se cidadã somente em 1932, quando adquiriu o direito de votar. Entretanto, embora o contigente feminino represente mais da metade do eleitorado, foi reduzido o desempenho das mulheres nas últimas eleições.
O maior empecilho ao ingresso das mulheres na política decorre tanto do pouco interesse dos homens em dividir o poder, como de alguns elementos de aspecto cultural, pois historicamente a mulher limitava-se ao confinamento do lar, ficando o espaço público reservado ao homem.
A pesquisadora Fabrícia Pimenta, mestre em ciência política pela UNB e doutoranda em História na linha de pesquisa “Estudos Feministas e de Gênero”, afirma que o fato das mulheres ainda serem minoria na política brasileira, decorre com certeza do preconceito.
Contudo, o século XXI promete ser o século das mulheres, sendo significativo para a política, que também precisa ser vista pela ótica da mulher. E segundo Pimenta, a arena política, tradicionalmente vista como local de debates arraigados de valores patriarcais, tem sido aos poucos conquistados pelas mulheres.
Pimenta ressalta, que o sistema de cotas na Legislação Eleitoral, instituído pelo congresso nacional em 1996 e revisado em 1997, onde passou de 20% para 30%, é um passo importante na história da participação das mulheres na esfera política, pois alguns partidos passaram a fazer campanhas de filiação para atrair candidatas e forçou os partidos a incorporar em seus discursos algumas questões femininas.
Entretanto, conforme a mesma autora o sistema de cotas não garante a mulher acesso ao poder, já que não há uma punição aos partidos que não cumprirem a regra.
Consideramos, que de acordo com a discussão proposta por Elza Maria Campos, Coordenadora da União Brasileira de Mulheres, que embora a mulher contribua significativamente para a produção da riqueza nacional e demais esferas da atividade social, está sub - representada nas instâncias