Mulher e política
Giovanna S. Vargas
Gerontóloga Social e especialista em gestão de políticas de gênero
Em discurso de posse, a Presidenta Dilma do Brasil, assumiu o compromisso de honrar as mulheres. Depois de 33 presidentes, Dilma Mulher assume a Presidência da República Brasileira. O Brasil vive o ápice da democratização econômica e social e demonstra a vontade do povo em avançar no enfrentamento às desigualdades em especial às mulheres. A pobreza brasileira segundo pesquisa da Fundação Perseu Abramo e DIESE, tem cara: é mulher, baixa escolaridade, negra e chefa de família e este resultado demonstra que as mulheres não ascendem devidamente a cidadania e isto precisa urgentemente ser modificado.
Do alto dos 64 anos, Dilma sabe que o fato de ter sido eleita não transforma por si só a realidade das mulheres na participação no universo da política e em outros espaços. É referência a mais.
A urgente discussão sobre reforma política será o espaço ideal para as mulheres discutirem sobre seus papéis nos espaços políticos partidários. O debate sobre as cotas femininas deve ser ampliado (não queremos mais 30% de cotas e sim a equidade 50% para homens e mulheres) , as listas fechadas partidárias, a relação de escolha alternadas entre homens e mulheres, o estímulo à participação das mulheres na política, a formação política necessária desde os primeiros anos escolares, a participação cidadã, o investimento público de campanha que certamente darão mais oportunidade às mulheres de concorrem com os homens em condições mais iguais, o combate ao machismos que afeta os companheiros, maridos, pais, namorados que muitas vezes inibem a participação das mulheres no âmbito da política, e o enfrentamento aos medos do universo feminino que porventura atrapalham muitas mulheres potenciais lideranças de colocarem seus nomes à disposição de cooperar com o País no processo político.
Eleger a 1ª Presidenta no Brasil é um marco histórico