A mulher do Oriente

Em tempos de globalização, ainda vemos discussões acirradas sobre padrões de comportamento. Modos de vida aceitos pelo ocidente são rejeitados pelo oriente e vice-versa, ao invés de serem entendidos como variantes de um mundo culturalmente heterogêneo. No caso do tratamento da mulher não poderia ser diferente. Em países do oriente, influências religiosas ajudam a delinear traços de uma identidade feminina marca- da pela submissão ao masculino. À mulher é destinada uma posição hierarquicamente inferior ao homem, que atua sempre como dominante na sociedade. A primeira imagem que nos vem à cabeça quando pensamos em países como Irã e Afeganistão é provavelmente a de mulheres cobertas com lenços, em roupas conhecidas como burca ou hijab. O uso dessas vestimentas causa polêmica ao redor do mundo, pois muitos ocidentais pensam que elas simbolizam a desigualdade sexual e o aprisionamento das mulheres, enquanto os mulçumanos afirmam que os trajes preservam a dignidade da mulher e não as degradam de forma alguma. Acredita-se que que muitas sigam os hábitos apenas por obrigação. Teoricamente as mulheres usam burca para seguir a religião e demonstrar respeito, como um modo diferente de entenderem que devem ser submissas. Muitas mulheres usam trajes mas não os respeitam, eles são uma fachada para o que elas realmente fazem ou gostariam de fazer.
Não existe mais separação entre governo e religião, as leis favoráveis às mulheres que existiam anteriormente foram alteradas. No Irã a separação entre os sexos foi instituída de tal forma que em diversos locais, desde salas de aula até ônibus, são segregados por gêneros. Na Líbia as mulheres não socializam com os homens, nem em ambiente particular. As casas são construídas de modo que há uma sala para eles e outra para elas. Quando as mulheres estão nas ruas, olham para o chão para evitar contato visual com os homens, e andam sempre como se estivessem com pressa. Elas devem estar cedo em casa, pois não é bom que uma mulher seja