A morte
A morte sempre foi um enigma para o homem, algo fascinante e rodeado de mistérios, e sem dúvida está inerente a todo ser vivo. E apesar do sonho da imortalidade que o homem traz consigo e sempre o retrata nos filmes, é incontestável que a morte é um fato. Alguns ditos populares elucidam isto; “a morte é a única certeza que temos na vida”, “assim que nascemos, entramos na fila da morte”.
O tema morte embasa e inspira muitas crenças, religiões, doutrinas e filosofia. Ao mesmo tempo é tabu, sagrado, místico, enfim, seu significado pode variar de acordo com a crença das pessoas. A morte também é rodeada de incertezas, angústias, medo do desconhecido. Ela perpassa toda a humanidade e se faz presente na história e na vida de cada um de nós.
A morte pode ser analisada de dois pontos de vista; a morte do outro e a própria morte. Ambos trazem aspectos diferentes, pois, ver a morte do outro pode trazer ao indivíduo uma introspecção, um repensar de valores e atitudes, a morte do outro, também desperta a angústia de imaginar a chegada súbita de sua morte. Pois, parece que quem morre é só o outro. Pensar na própria morte, às vezes é “impensável” e se perguntarmos como alguém quer morrer, grande parte responderá que seja de maneira súbita e sem dor.
A morte do outro, também traz consigo o luto. Para Morin (1997) o luto exprime socialmente a inadaptação à morte, ao mesmo tempo é um processo social de adaptação que tende a fechar a ferida dos sobreviventes. Antes, preferia-se que as mortes fossem em casa, assim o moribundo tinha a oportunidade de organizar coisas pendentes com a família, confessar-se ou mesmo passar seus últimos dias com a família. Hoje, no entanto “quanto mais rápida for a morte, melhor”, as pessoas desejam que ao morrer, seja instantâneas para se evitar o sofrimento. As pessoas nunca pensam que poderão morrer jovens e embora a finitude esteja ligada à vida quem morre primeiro