A morte de Marat
A primeira impressão que nós temos de Marat, é uma imagem de um homem desfalecido, sangrando, interrompido, morto no meio de sua atividade, que pelo que parece era escrever, morre fazendo aquilo que gostava talvez, parece estar em seu próprio caixão, ou assinando sua sentença de morte, é uma obra em que não há outros objetos em segundo plano, pois o artista quis dar destaque à “tragédia” ao personagem principal e seu histórico. O quadro tem um destaque da metade para baixo, da metade para cima temos um fundo preto em degradê. É jogada uma luz no rosto e nas cartas de Marat, que é onde o artista quis expressar a dramaticidade do momento. Usa-se bastante o recuso de luz e sombra, e um pouco da sobreposição, a mesinha para o nanquim fica na frente do caixote para destacar o seu oficio com as palavras, destacam-se também os braços e as mãos. Predominam as linhas horizontais, pela própria condição do fato retratado: a morte. A disposição dos objetos é simples, mas fundamental para a compreensão da obra, a mesinha de escrita, o pote de tinta nanquim, as cartas caídas e a que ele segura, além da posição em que Marat se encontra. “A morte de Marat” retrata o assassinato de um político importante para a Revolução Francesa, pintado em 1973 por Jacques-Louis David, é uma obra neoclássica, com destaques à anatomia humana, e ressaltando sacrifícios, virtudes, etc. Marat não parecia em nada fisicamente com o homem retratado na obra, ele tinha problemas de pele e era deformado por isso, David preferiu lhe dar uma ar mais angelical e sereno, para santificar ainda mais a beleza do seu sacrifício.