a morte de marat
Jacques-Louis David foi um pintor francês, conhecido por ser o mais característico representante do neoclassicismo. Obteve notoriedade por ser o pintor oficial da Corte Francesa e, anos mais tarde, de Napoleão Bonaparte.
O neoclassicismo foi um movimento cultural ocorrido na Europa de meados do século XVIII até meados do século XIX e que teve, como principal característica, o retorno à arte clássica, a qual era marcada pelo equilíbrio, clareza e proporção. O movimento apresentava-se como uma reação contra os excessos do Barroco e Rococó e tinha como movimento coexistente, o Romantismo. Os neoclássicos defendiam a supremacia da técnica e a necessidade de um projeto – desenho – a comandar a obra.
É possível exemplificar o neoclassicismo com a obra “A morte de Marat” de David. O quadro apresenta dimensões de 128 cm x 165 cm e a técnica utilizada foi óleo sobre tela. Atualmente está exposto no Musées Royaux des Beaux-Arts de Belgique, em Bruxelas. O quadro foi concluído em 1793, em homenagem a Marat, o que mostra o envolvimento político do pintor. Reconhece-se na obra a homenagem de David ao gênio Michelângelo – tal como o Cristo morto na Pietà, a cabeça de Marat aparece dignamente inclinada, enquanto o braço pende inerte. Ao dotar seu herói da mesma pose da obra renascentista, David quis engrandecer e homenagear o mártir revolucionário para quem escreveu “Peço que me assassinem ... Também sou um homem virtuoso.” David produziu esse segundo retrato de um herói morto e juntou o quadro a Os últimos momentos de Michel Lepelletier, expostos lado a lado na Convenção Nacional. Nos dois quadros se reproduzem não só os assassinatos como também a dignidade das posições reproduzidas da obra de Michelangelo.
Nesse quadro, David contenta-se em somente apresentar o fato, como se fosse um testemunho. Porém, não deixa de exaltar a virtude do assassinado. Virtude essa representada pela generosidade do político que cumpria