A Morte De Cristo Por Seu Povo
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A Morte de Cristo
Por Seu Povo
Nº 2656
Um Sermão pregado na noite de um
Domingo do inverno de 1857,
Por Charles Haddon Spurgeon
Na Capela de New Park Street, Southwark, Londres.
E lido no Domingo, 7 de janeiro de 1900.
“Ele deu a sua vida por nós”. 1 João 3:16
Crente, eu lhe convido a contemplar essa sublime verdade, assim proclamada para você em simples monossílabas: “ele deu a sua vida por nós”. Não existe nem uma só palavra extensa nessa frase; tudo nela é muito simples, e é simples porque é sublime. A sublimidade no pensamento exige sempre, para sua devida expressão, a simplicidade com as palavras. Os pequenos pensamentos precisam ser expressos com grandes palavras, e os pequenos pregadores precisam de palavras em latim para transmitir suas fracas w w w. p r o j e t o s p u r g e o n . c o m . b r
4 ideias, mas os grandes pensamentos e seus grandes expositores se contentam com pequenas palavras.
“Ele deu a sua vida por nós”. Nessa frase não existe muito que poderia ser usado para exibir a eloquência de alguém; existe pouco espaço nela para discussão metafísica ou para o pensamento profundo; o texto nos apresenta uma doutrina simples, mas sublime. Então, o que devo fazer com ele?
Se eu pregasse a mim mesmo proveitosamente a respeito desse texto, não teria que empregar minha sagacidade para examiná-lo determinadamente, nem usar minha oratória para proclamá-lo; mas somente precisaria render-lhe culto praticando minha adoração. Permitam-me prostrar-me então com todos os meus poderes diante do trono e, como um anjo que completou sua missão e que já não tem que voar para nenhum outro lado para cumprir as ordens de seu Senhor, permitam-me bater as asas da minha contemplação e comparecer perante o trono dessa grandiosa verdade e inclinar-me mansamente para adorar Aquele que era, que é, e que há de vir: o grandioso e glorioso Ser que “deu a sua vida por nós”.
Ao começar meu discurso, seria bom que eu lhes recordasse que não podemos entender