A moral

O Clube do Imperador. Direção: Michael Hoffman. Produção: Andy Karsch, Marc Abraham. Elenco: Edward Herrmann, Embeth Davidtz e outros. 109 min. (Estados Unidos, 2002)

Comentário Crítico

Gleica Mirela Salomão*

O filme O clube do imperador, carregado de tradicionalismo, nos convida a uma reflexão sobre a relação aluno-professor. O longa se passa em uma escola tradicional, St. Benedictus, para rapazes e tem como professor principal William Hundert, docente de história e conservador dos princípios morais e éticos os quais tenta transmitir a seus alunos através de estudos dos grandes pensadores greco-romanos. O professor acreditava que era capaz de moldar o caráter de seus alunos até conhecer Sedgewick Bell cujo comportamento ia de encontro com os princípios defendidos pelo professor. Estava na escola por ser obrigado pelo pai, Sedgewick tentou causar desordem na tão tradicional St. Benedictus. Preocupado com a indisciplina e falta de interesse do jovem, o professor conversa com o pai do garoto o qual lhe diz que ele é um mero reprodutor de conhecimento e que o caráter de seu filho será moldado por ele. Com o interesse de ajudar Sedgewick o professor o incentiva a participar assiduamente das aulas e deposita grande confiança no garoto e o motiva a participar do grande concurso da escola: “Senhor Júlio César”. Na competição o garoto acha um jeito de trapacear, no entanto o professor percebe a tempo de impedir sua vitória.
A missão de ensinar requer conhecimento teórico, boa relação com os aprendentes e capacidade de atualização. No filme o método utilizado para avaliar a aprendizagem dos alunos é baseado em perguntas e respostas, o que não difere muito das formas utilizadas na maioria das escolas brasileiras. Adequar o método de ensino ao aluno é um grande desafio para os professores, pois requer fuga do habitual. Exige atualização do conhecimento, perceber os alunos e descentralização do saber. Mesmo utilizando um modelo monótono de ensino, os alunos o