A mitologia do Processo Linguístico

A Mitologia do Preconceito Lingüístico

A história da colonização brasileira tem início por meio da expansão ultramarina do império português, representante audaz do capitalismo comercial. Por meio do domínio português o Brasil exportou grande volume de riquezas para todo o continente europeu, porém foram muitas as dificuldades para o estabelecimento do domínio metropolitano.
Na passagem do feudalismo para o capitalismo, o mercantilismo toma forma, tendo as navegações e descobrimentos desta época importância fundamental para a aceleração desse processo. Houve o incremento ao comércio de longa distância e surgiram as modernas classes sociais, que, por meio de suas atividades econômicas e mercantis também se estabeleceram como força política. Assim, são constituídas as Companhias de Comércio, ligadas ao poder real e à burguesia comercial. Como característica do mercantilismo, as exportações de bens foram incentivadas e as importações, inibidas. O pacto colonial foi um conjunto de normas que a Metrópole impunha às suas colônias, visando à defesa dos interesses da Coroa e das companhias de comércio. Entre 1500 e 1600, Portugal e Espanha conseguem estabelecer um processo de vazão dos excedentes econômicos produzidos nas colônias, sendo que o principal comércio português era a venda de escravos, também conhecida como comércio de mercadorias vivas, e o principal comércio Espanhol foram os metais, conhecidos como mercadorias mortas.
Inicialmente, o pau-brasil foi o produto brasileiro que tinha aceitação nas redes mercantis da Europa e, como Portugal já havia consolidado o seu comércio de escravos, uma das alternativas adotadas pela Coroa para produzir excedente econômico foi a produção de açúcar, baseado na mão de obra africana. Assim, o sistema comercial criado entre o Brasil, a Europa e a África permitiu o incremento ao comércio colonial de tal forma que o açúcar e os escravos fizeram do Atlântico Sul uma rota lucrativa.
O Brasil foi considerado uma colônia de