A mineração do centro sul
Quando foram descobertas as primeiras jazidas auríferas em terras brasileiras, é que a metrópole dispensou maior interesse ao desenvolvimento da colônia. A mineração ocupou por tres quartos de século o centro das atenções de Portugal, tornando-se o maior cenário econômica da colônia. Com isso observa-se a decadência das demais atividades, empobrecimento e despovoamento das regiões onde ocorriam as mesmas. O açúcar acabou sendo deixado em segundo plano, mesmo tendo sido anteriormente uma das mais importantes, senão a mais importante atividade econômica. Os portugueses sabiam das descobertas castelhanas, e tinham esperança de que o ouro fosse encontrado, tal qual no México e Perú, em grande quantidade por toda extensão do território americano. Muitos aventureiros se lançaram ao interior do país, em busca dos metais preciosos. Grande parte desses se perderam, devido às dificuldades naturais das matas, e acabavam indo parar em mãos indígenas. Em suma esses metais foram procurados por quase dois séculos, em vão.
Por fins do primeiro século ocorreu na Capitania de São Vicente, uma pequena mineração aurífera de pouca significância. Os primeiros grandes achados aconteceram pelos últimos anos do século XVII, em conseqüência das expedições ao interior à cata de índios destinados ao cativeiro,as bandeiras. Por volta do ano de 1696, fez-se as primeiras descobertas em Minas Gerais. Depois disso a mineração toma rumo desenfreado, alcançando o mais alto nível de produtividade. Diferentemente da agricultura e pecuária, a mineração foi submetida desde o início a um regime especial de minuciosa e rigorosa disciplina. Estabelecia-se a livre exportação, submetida a uma fiscalização estreita, reservando à Coroa uma quainta parte de todo ouro extraído, como tributo.
É criado o regimento dos superintendentes, guardas-mores e oficiais deputados para as minas de ouro, em 1702, com algumas modificações que não lhe alteravam a feiçãoessencial,