LOUCA
A partir das primeiras décadas século XVIII iniciou-se o processo de ocupação econômica de Goiás, com base na exploração aurífera que se desenvolvera segundo a orientação da política mercantilista do estado Absolutista português. Nesse sentido, a economia de mineração deveria responder a interesses internos e externos de Portugal.
A mineração, enquanto fator primeiro de estímulo à ocupação econômica deixou como saldo um povoamento disperso e irregular. Excetuando-se a região das minas, permaneciam despovoados todo o Vale do Araguaia e o Extremo norte de Porto Nacional até o estreito do Maranhão.
A exploração das Minas prosseguiu ao longo do século XVIII com a queda gradativa da produção aurífera.
Outra atividade estimulou a ocupação econômica: a pecuária. O gado também abriu caminhos para o sertão do interior.
As pastagens ao norte tornaram-se forte atrativo aos criadores de gado do maranhão e Piauí que, ao longo do século XIX, se desenvolveram e alcançaram autonomia e maior expressão na região. Duas foram às razões: a primeira decorre da proximidade do Norte e do Nordeste e, a segunda, em razão do declínio da exploração aurífera ter sido mais rápido na região.
Sob o estimulo da pecuária surgiram novos centros urbanos ao sudoeste: Rio Verde, Jataí, Caiponia e Quirinópolis.
Além da pecuária, são considerados, ainda, como fatores importantes no processo de ocupação econômica do extremo norte goiano, as guerras de independência em 1822, as rebeliões do segundo reinado, as lutas sertanejas e as secas nordestinas.
Enquanto a pecuária se afirmava como principal atividade econômica EM Goiás, a agricultura caminhava lentamente não alcançando um nível de produção comercial. Tal situação justificava-se por fatores ponderáveis como carência de vias de comunicação, escassez de mão-de-obra e ausência de mercado consumidor.
Por longas décadas, Goiás permaneceu ilhado sem nenhum produto econômico básico capaz de mantê-lo