A língua Grega
Língua Grega, língua do povo grego que abrange os períodos: antigo, ático, helenístico, bizantino e moderno. É o único membro da subfamília grega dentro da família das línguas indo-européias. Grego Antigo: Os indo-europeus, procedentes do norte, entraram na península Balcânica no II milênio a.C. Outros povos provenientes da Ásia setentrional e central, até as terras férteis do sul, emigraram e se assentaram em várias regiões da Grécia. Apareceram diferentes dialetos, mas os principais foram o arcádio-chipriota, o dórico, o eólico e o jônico. O dialeto jônico deu lugar ao ático, elemento básico do grego clássico. Era a língua de Atenas e da região em volta, a Ática. O dialeto ático substituiu todos os demais e passou a ser usado na literatura. Sua influência foi ainda maior porque nele se expressaram sábios e escritores da época, como Ésquilo, Sófocles e Platão. No século IV a.C., graças às conquistas de Alexandre, o Grande, o dialeto ático se transformou na língua comum de todo o Oriente Médio. O ático se converteu na base de uma nova forma do grego, a koiné (a norma), e foi a língua da corte, da literatura e do comércio. Com a destruição da Biblioteca de Alexandria, no século III, a política do imperador Teodósio e o desaparecimento das escolas atenienses de filosofia, a literatura ficou relegada apenas à igreja e a alguns estudiosos. Grego Moderno: No final do século XVIII, surgiu uma burguesia que manifestou a consciência nacional baseando seus usos lingüísticos e preferências culturais em uma herança idealizada da antiga Atenas. No século XIX, alcançada a independência do domínio turco-otomano, os gregos tiveram que enfrentar problemas mais urgentes que os estritamente lingüísticos. No final do século XIX, escritores e professores se ocuparam em debater a sistematização da língua popular para proporcionar o tratamento adequado