Especialista
Numa avaliação microscópica do esfregaço sanguíneo podemos observar alterações de tamanho, forma, coloração e de estrutura (inclusões) nos eritrócitos.
• Alterações de tamanho:
Os eritrócitos de tamanho normal (entre 81 e 97 fentolitros ) são chamados de normócitos. Abaixo de 81 fentolitros são chamados de micrócitos e podem ser observados em crianças, nas talassemias, nas anemias ferroprivas instaladas, nas anemias sideroblásticas e anemias de doenças crônicas. Acima de 97 fentolitros são chamados de macrocíticos e podem ser observados no alcoolismo, doença hepática, anemias hemolíticas crônicas com aumento do número de reticulóticos ou na crise hemolítica.
No hemograma, o índice que mede o tamanho médio dos eritrócitos e o VCM (volume corpuscular médio). A variação de tamanho das diversas populações de eritrócitos é dada pelo RDW (amplitude da dimensão de hemácias). Quando há uma grande variação no tamanho dos eritrócitos chamamos de anisocitose e o RDW estará aumentado.
• Alterações de forma:
Quando observamos a alteração da forma discóide do eritrócito chamamos de poiquilocitose.
Esferócitos → São células redondas, não apresentam o halo central e são menores que o eritrócito normal. Aparecem na esferocitose hereditária, anemias hemolíticas adquiridas e transfusões.
Eliptócitos e ovalócitos → São hemácias de formato elíptico ou oval. Aparecem em grande quantidade na eliptocitose hereditária, e podem aparecer na anemia ferropriva e anemia megaloblástica.
Equinócito ou hemácias crenadas → Apresentam pequenos espículos ao redor da hemácia. Aparecem na cirrose hepática pós-alcoolismo, estado de má absorção e deficiência de vitamina E, anemias hemolíticas.
Codócitos ou células em alvo → apresentam um halo central em forma de alvo e podem ser vistos em casos de talassemias, hemoglobinopatias.
Esquizócitos → São células pequenas e fragmentadas que podem ser vistas na
anemia