A luta
Embora as pessoas saibam que o povo grego parece ter sido o primeiro a praticar e organizar competições esportivas, a numerosa representação de cenas esportivas que aparecem nas paredes das tumbas, templos e obeliscos tendem a provar que, provavelmente, foram os antigos egípcios os verdadeiros pais de muitos dos esportes atuais. Elas também mostram que os faraós fixaram as regras básicas para os jogos, uniformes especiais para os jogadores e até um árbitro para organizar a competição. Este interferia para separar uma briga e anunciava os vitoriosos, conferindo-lhes colares diferenciados ou faixas de vencedores. Os sentimentos dos competidores ao término das partidas também foram retratados. Em uma das paredes do templo de Ramsés III (c. 1194 a 1163 a.C.) em Luxor, por exemplo, podemos ver um jogador que cumprimenta a torcida curvando-se e levando a mão até a testa. Vencedores e perdedores eram aplaudidos: os primeiros por sua superioridade e os demais por seu espírito esportivo. Os comportamentos da esportividade sadia começaram a ser definidas ali: o perdedor aceita a derrota de boa vontade e o vencedor lhe deseja boa sorte. Aquele, entretanto, que viola as regras do jogo ou não adere ao essencial do esporte é excluído e punido. Em outras palavras, havia uma ética por trás das práticas esportivas dos antigos egípcios.
A verdade é que o egípcio antigo acreditou na importância do atletismo para o aperfeiçoamento do corpo e a proteção da saúde e na importância do entretenimento no restabelecimento da energia e no aumento da eficiência da atividade mental e física. Por tais razões, registraram cuidadosamente seus esportes e jogos populares nas paredes dos templos usando desenhos que ilustram as regras de cada jogo. Segundo os estudiosos do assunto, embora os esportes no antigo Egito fossem um fenômeno cultural, tinham, na realidade, um papel social e