A luta pela regularização da posse e contra remoção
A complexidade dessa temática reside um vinculo estreito com base de sustentação do sistema capitalista: a propriedade privada e a valorização do capital. Esse processo de industrialização e urbanização gera um deslocamento das camadas populares para a periferia, o processo de urbanização ocorre com o crivo da segregação social, assim a cidade se caracterizando sobre a divisão de classes, os desempregados, os pauperizados, os que não conseguem consumir, os que não tem renda familiar aceitável, os desassistidos pelo estado tornam-se os migrantes da vida urbana. Peregrinam pelos espaços urbanos constroem comunidades, reivindicam mais uma vez o direito á cidade e nesse processo, desvendam a relação entre o estado e o capital, nas cidades o lugar dos migrantes da vida urbana é prioritariamente as favelas e periferias onde até a década de 1960 eram tidas como problemáticas a serem erradicadas. A reação da favela ocorre por meio de duas principais estratégias: criação de meios por dentro da estrutura para valorizar a saída e assegurar condições melhores de transferência e pelo enfrentamento, quando o processo de remoção vista estar associada ao acesso de programas para a aquisição de casa própria, a favela que estaria para ser removida crescia em numero de moradores. A questão habitacional, portanto é, uma expressão de contradições inerentes á relação capital x trabalho, a cidade expressa a luta de classes, com essa compreensão, a reconstituição das lutas por moradias nos anos 80 teve evidencias de ação dos sujeitos políticos imprimindo sua marca no enfrentamento cotidiano contra o capital, a cidade sendo do capital, mas também dos trabalhadores que por meio de sua luta interferem no espaço urbano