Planejamento Urbano e Ativismos Sociais
Do que se trata esse livro? Ele trata das formas como os problemas urbanos, especialmente os das grandes cidades, têm sido enfrentados e podem ser superados. Mas enfrentados e superados por quem, e como?
Quando se fala no enfrentamento das dificuldades das cidades, pensa-se no planejamento como solução, e ouvimos isto em todos os meios de comunicação, mas implicitamente isto quer dizer que se houvesse planejamento tudo estaria resolvido, favelas, meio ambiente... Mas não é isso que vem ocorrendo na atualidade...
Todos sabemos a grande produção cultural que surge em meio as favelas, como Racionais Mc’s, MV Bill entre outros, cada vez mais a classe média sente indiferença e preconceito com as favelas, (mesmo sendo ela que baseia a economia urbana com sua mão de obra barata).
Será que o planejamento seria capaz de erradicar todos os problemas urbanos? O planejamento conservador sempre viu a favela como o câncer da cidade, mas nunca importou-se com os problemas sociais que lá existe, um exemplo é a remoção na década de 70 das favelas localizadas no sul da cidade do Rio de Janeiro (onde existem as praias mais belas e a população mais rica), o que originou o complexo habitacional da Cidade de Deus, não atendendo os desejos dos moradores removidos.
O curioso é que parte da população que foi morar na cidade de Deus foi retirada da favela da Rocinha (A maior da América Latina), que em 2004 foi palco de violentas disputas entre traficantes de drogas e da polícia. O episódio mobilizou ONG’s, políticos, mídia e opinião pública para a solução do problema, inclusive o ex prefeito do Rio, Arquiteto e Urbanista Luiz Paulo Conde, sugeriu que fosse erguido muros em volta das favelas para evitar seu Crescimento!, não sugerindo hipóteses para a solução da enorme desigualdade social, desemprego e inexistência de políticas públicas voltadas aos pobres.
O planejamento é visto como uma grande solução, mas quem é que deve planejar? E com