A Ludicidade Da Educa O Infantil
O lúdico proporciona a criança uma realidade ausente. Nos casos em que ela será capaz de imaginar, distinguir as características dos objetos reais e se deter no significado definido pela brincadeira.
Dessa forma, as brincadeiras infantis são marcadas pela dimensão fantasiosa que tem sua origem na realidade, no observado ou conhecido. De acordo Leontiev (1991), a relação exclusiva entre o sentido e o significado do brinquedo não é apresentada antemão nas condições do jogo, mas, ela aparece no decorrer do jogo.
É preciso um certo nível de consciência sobre o que não se é, para envolver-se num mundo ilusório e imaginário. Este deforma a realidade que não pode ser alcançada naquele momento e recria num sentido imaginário, em parte imaginário, em parte real. (Silva 2003, p. 42)
No ato da brincadeira, a criança possui consciência do que está concebendo numa determinada situação, sendo a característica fundamental a sua relação com a realidade.
Através da brincadeira, a criança projeta-se nas atividades dos adultos procurando ser coerente com os papéis assumidos. Com isso, a brincadeira não só possibilita o desenvolvimento de processos psíquicos por parte da criança, como também serve como um instrumento para “conhecer o mundo físico e seus fenômenos, os objetos (e seus usos sociais) e, finalmente, entender os diferentes modos de comportamento humano, os papéis que desempenham como se relacionam e os hábitos culturais” (REGO, 1995, p. 114).
Portanto, no contexto escolar, principalmente no período pré-escolar, as práticas pedagógicas deveriam ter seus objetivos delineados a partir da zona de desenvolvimento proximal, o que significa voltar-se para as possibilidades de crescimento da criança. Nessa perspectiva, Rego (1995) aponta as demonstrações, explicações, justificativas, abstrações e questionamentos do professor como fundamentais no processo educativo. Tão importante quanto seu fornecimento de informações e pistas, é a promoção de situações que incentivem a