A loucura e o estigma social
Nosso artigo busca revisar literatura científica que aborda o tema dos benefícios que a autoestima proporciona em usuários de transtornos mentais. Foi observado através da história da loucura que saúde mental ou o louco por muitos anos não tinha sua autonomia, a sociedade já trazia valores enraizados na vida social, e o dito “louco” era um desvio ou inadaptação de uma norma constituída por meio da cultura. Como poderíamos pensar em autoestima a uma pessoa que tinha um tratamento punitivo, opressor e patológico. A instituição psiquiátrica não tinha nenhuma função terapêutica. Era um mecanismo autoritário mascarado “em nome do cuidar”.
A reforma Psiquiátrica nasceu com a intenção de romper para com esses paradigmas criando uma nova forma de assistir o sofrimento psíquico, valorizando sua dimensão subjetiva, sócio-cultural e visando a reinserção social do mesmo.
O peso do rótulo do doente mental e suas consequencias
O louco rotulado como doente mental sofreu um penoso e segregador processo de estigmatização; foi e ainda é censurado, acusado, apontado, desprezado, carrega em si os estigmas produzidos socialmente. Vitimas de tabus e preconceitos, rotulados com diagnósticos, o usuário de sofrimento psíquico está envolvido em meio a um sentimento de inferioridade. Seu sofrimento é visto como um fracasso unicamente pessoal, sua autoestima foi massacrada, seu ego esfalecido.
Desenvolvendo a autoestima e sua relevância em saúde mental
Os sustentáculos do ser humano são o amor-próprio e a autoestima. Há áqueles que digam que esses dois ingredientes juntos superam dificuldades, curam sofrimentos, doenças e males. A autoestima fortalece, motiva, influencia tudo que fazemos, pois é o resultado de tudo que acreditamos ser. A forma como nos vemos se reflete nos relacionamentos, desempenho, amor-próprio, realizações pessoais. Se tivermos a autoestima forte, podemos filtrar esses comentários, avaliá-los como inválidos. No entanto, se estivermos