A loucura do Trabalho
Do lado dos trabalhadores, o discurso operário não e mais prolixo sobre este assunto. Denunciado de maneira exageradamente estereotipada, o sofrimento psíquico permanece praticamente não analisado. Este silencio e testemunha da dificuldade do movimento operário em levai, efetivamente, a discussão sobre um terreno que e particularmente complexo. (pág. 23).
Revelar as aspirações não e nosso projeto, nem mesmo iraduzir-lhes o conteúdo. Esta e tarefa do militante politico que pretende, sobre essas coisas, possuir luzes, e quer, aquecendo os desejos hibernados, desencadear a tempestade. (pág. 26).
A estrutura familiar caracteriza-se pelo grande numero de filhos: a maioria das famílias tem de 8 a 10 filhos. Por outro lado, os casais são frequentemente separados, e a estrutura familiar e, às vezes, quebrada. Os jovens, pouco escolarizados, formam muitas vezes os futuros contingentes de marginais e, um dia alguns conhecem a prisão. (pág. 28).
Do ponto de vista medico-sanitário, os meios de que dispõem essas populações são bastante rudimentares: pouco ou nenhum ambulatório local, nenhum medico instalado na região que, no entanto, concentra uma população de vários milhares de indivíduos (inserção, entretanto, de vários trabalhadores sociais, em particular de assistentes sociais e de enfermeiras). (pág. 29).
A ideologia da vergonha: dessas atitudes e desses comportamentos em relação à doença, podemos extrair duas características: a primeira diz respeito ao corpo. Seja a sexualidade, a gravidez ou a doença, tudo deve ser recoberto de silencio. (pág. 32)
A repetitividade dos gestos, a monotonia da tarefa, a robotização não poupam nenhum operário de base. A uniformização aparente das