A loucura do Trabalho
Da Primeira Guerra Mundial a 1968, “a proteção do corpo é a preocupação dominante.”
(pg.18) . O corpo é visto como a primeira vitima do sistema de produção, e o aparelho psíquico em segundo lugar. Mas é a partir de 1968 que a luta pela sobrevivência operária dá lugar à luta pela saúde do corpo e acentua-se a dimensão mental do trabalho.
“O sistema Taylor neutraliza a atividade mental dos operários.”(pg.19) Conceito de corpos dóceis: corpo submisso e útil para qualquer atividade; o trabalhador é visto como uma máquina.
Assim, projeta-se um corpo sem defesa, explorado e fragilizado. Pode-se fazer um link com o a frase em que Dejours diz que: “É o homem inteiro que é condicionado ao comportamento produtivo pela organização do trabalho, e fora da fábrica, ele conserva a mesma pele e cabeça.” (pg.46) Isso pode gerar sofrimento ao trabalhador, causando um desgaste físico e mental por conta das exigências do trabalho pois, dentro das organizações, frequentemente, o trabalhador perde sua subjetividade se transformando numa vítima do seu trabalho.
“Dois sofrimentos fundamentais organizados atrás de dois sintomas: a insatisfação e a ansiedade.” (pg.48) As situações que envolvem medo podem ser responsáveis pelo sofrimento. E o medo, geralmente está inserido em todas situações, até as mais simples a serem desenvolvidas.
“O trabalho não causa o sofrimento, é o sofrimento que produz o trabalho.”(pg 103) O sofrimento poderia também significar criatividade, onde o trabalhador encontraria maneiras para lidar e se defender das do trabalho. O trabalho é visto como um regulador social, e essa condição mantém a vida do sujeito, a origem do sofrimento se dá a partir da história singular de cada pessoa.
Portanto, é necessário um duplo movimento, de transformação da organização do trabalho e de dissolução dos sistemas defensivos, que poderá acontecer uma evolução da relação saúde mental e trabalho. “O campo potencial da