A linguagem
VALENTE, A. Linguagem e normas In: ______ A linguagem nossa de cada dia. Petrópolis: Vozes, 1997. p. 231-239.
• Segmentos variados que fazem uso da linguagem como expressões das idéias se preocupam com a nossa lingüística.
• Para formadores de opinião, a normatização da linguagem significa a regra daquilo que pode ou não pode ser usual na língua oral ou escrita.
• Estas regras normativas criam pólos opostos. De um lado, a classe dominante, detentora do poder e normatizadora da linguagem. De outro, a maioria da população, sem acesso à cultura e a escolaridade.
• As variantes lingüísticas antes de servir como ferramenta de comunicação universal, não havendo a melhor ou a superior a outras, demarca um sistema societal que privilegia os detentores do poder.
• É responsabilidade de intelectuais em geral e de professores de linguagem particularmente situar de forma devida a questão da normatização.
• A língua não pode ser instrumento de discriminação entre elite e camadas populares, por ser própria da variante lingüística.
• Não há entre os gramáticos acordo sobre o que significa correção da língua falada e na escrita. Dois são os pólos opostos:
1. Histórico-literário ou conservador – Tem como padrão textos de escritores passados;
2. Histórico-cultural ou anárquico – A língua é desenvolvida em plena liberdade.
• Existe entre os dois critérios posições de meio termo. A simplicidade e a valorização da ‘aceitabilidade social’ são aspectos relevantes, apontados por Celso Cunha e Lindley Cintra em a Nova gramática do Português Contemporâneo;
• As falas da campanha presidencial entre lula e Collor, eram analisadas com freqüência pelos erros do candidato Lula por sua completa identificação com o brasileiro médio. Não se detinham aos erros do Collor por ser da classe dominante.
• A preservação de sínteses e o vigor da expressão na