A linguagem do pescador
Orientadora: Profa. Dra. Márcia Verônica Ramos de Macêdo
Orientanda: Luiza Pessoa de Araújo
Capítulo 2 – PERCURSOS METODOLÓGICOS “A história dos estudos dialetais vem demonstrando que a visão diatópica não tem estado desacompanhada da perspectiva social na construção de uma metodologia a ser seguida pela geolinguística. A valoração atribuída a uma ou outra maneira de focalizar o método tem, porém, recebido pesos diferenciados conforme o momento, a região, os objetivos do trabalho, levando a que se possa precisar os veios da diatopia e os traços sociolinguísticos.” (CARDOSO, pág. 45).
A perspectiva diatópica Em 1967, Rossi afirma que “o fato apurado num ponto geográfico ou numa área geográfica só ganha luz, força e sentidos documentais na medida em que se preste ao confronto com o fato correspondente- ainda que por ausência- em outro ponto ou outra área”. “A dialetologia busca, prioritariamente, estabelecer relações entre modalidades de uso de uma língua ou de várias línguas, seja pela identificação dos mesmo fatos, seja pelo confronto presença/ausência de fenômenos considerados em diferentes áreas.” (CARDOSO, pág. 45). “Os primeiros estudos classificados como de cunho dialetal buscam retratar diferenças espaciais. A necessidade de aprofundar o conhecimento propiciado pelos atlas nacionais motivou o aparecimento de atlas regionais que, como a própria denominação explicita, se destinam ao exame de áreas menores, buscando detalhar o conhecimento de regiões especificas, de modo que aquela que devia ter sido a primeira geração do atlas, isto é, os regionais, na verdade foi a segunda.” (CARDOSO, pág. 48).
As veias sociolingüísticas “A preocupação com as características sociais dos informantes e as suas implicações no uso que fazem da língua, não tem passado à margem dos objetivos da dialectologia e, especificamente, da geografia linguística.” (CARDOSO, pág. 49)
Fatores sociais- idade, gênero, escolaridade, profissão-