A linguagem da sedução
A comunicação para as massas se impõe-se, mas só o faz de forma sutil, sedutora, provocante. Ela incidi sobre as necessidades reais não satisfeitas plenamente pela sociedade e pela cultura e dá respostas a isso (respostas, é claro, falsas, enganosas, aparentes). Mas, enfim, respostas. (Página 12)
O domínio do capital transforma tudo em mercadoria e penetra até nos espaços mais escondidos. (Página 12)
Comunicação e política são dois conceitos interdependentes. O processo político não pode prescindir da ação dos Meios de Comunicação em Massa (MCM); as formas de comunicação massificada remetem necessariamente a um discurso político. (Página 15 e 16)
Se em matéria de política o capital foi suficientemente hábil para não deixar a história ser conduzida para a crise final do capitalismo, para a fase autodestrutiva do imperialismo, conseguindo safar-se dela, mesmo que cambaleante, em matéria de ideologia as artimanhas do poder para seduzir as massas foram ainda mais eficazes. (Página 18)
A idéia permanece inalterável. A propaganda, contudo, é sempre instável, passível de acomodação as respectivas situações e exigências. Ela volta-se às amplas massas de milhões de pessoas do povo trabalhador e precisa ser, por isso, acima de tudo, popular. (Página 20)
Um bom propagandista fala sempre a língua do povo a quem se dirige. (Página 20)
Uma idéia só pode ter proveito quando é entendida pelos homens. (Página 20)
Nossa imprensa é quase exclusivamente determinada por esta tendência. Seu objetivo não é informar, transmitir fatos claros e objetivos, senão incitar, estimular, mover. Ela realiza propositada e conscientemente a influencia política. (Página 20)
Não é sentido da propaganda ser brilhante. Sua tarefa é levar ao sucesso. (Página 20)
A política no capitalismo é um espaço árido, fastidioso, sem importância. Não é por aí que a dominação conquista seus adeptos. (Página 22)
A