A lingua
O papel que a escola deve assumir vem sendo constantemente discutido perante uma sociedade em que as perspectivas estão tomando novos conceitos em decorrência dos novos meios de comunicação e informatização, que mudaram o perfil dos alunos que hoje frequentam os bancos escolares, envoltos numa “enxurrada” de informações e novidades tecnológicas, pertencentes a um mundo globalizado e de sistema capitalista cada vez mais exigente. Entretanto a convivência diária com vários textos multimodais, a diversidade de gêneros textuais, a multiplicidade de canais de comunicação, permite tanto para os alunos quanto para professores reconstruir a maneira de ensinar e aprender. O sucesso ou não da escola está intimamente ligado ao respeito das diferenças e o entendimento do mecanismo de alfabetizar e letrar ao mesmo tempo utilizando-se da tecnologia disponível.
Na mesa redonda sobre multiletramentos e usos de tecnologias digitais da informação e comunicação na educação a Profa. Dr. Carla Viana Coscarelli, afirma que “ensinar ler hoje é diferente”. É necessário ensinar a “ler o mundo”, não se lê mais apenas letras, são inúmeras informações, o que exige do professor uma reformulação de seus conceitos antigos para ensinar o aluno lidar com as interfaces e orientar as pesquisas nas novas ferramentas. Concordo com o posicionamento da professora, uma vez que a forma tradicional de aulas expositivas apresentam nuances negativas e não atendem mais a geração de hoje. Um rap ou um funk jamais seria considerado um texto para trabalhar formas gramaticais, sintáticas ou morfológicas. A afirmação da professora Carla Coscarerlli é acertada ao dizer que é preciso “remixar”, se a escola conseguir ensinar a ler, escrever, realizar cálculos de cabeça e ensinar/aprendendo com as TIC terá sucesso.
Hoje a escola não atende apenas a uma pequena elite, e pode oferecer um ensino de qualidade, bons cursos à distância, propiciar o encontro do conhecimento com