A liberdade
O primeiro significado literal da palavra “liberdade”, contido no dicionário Aurélio, refere-se a ela como a faculdade de cada um se decidir a agir segundo sua própria determinação. Todavia, filosoficamente a liberdade se apresenta na forma de dois pares de opostos: o par necessidade-liberdade e o par contingência-liberdade.
Enquanto necessário é tudo aquilo que acontece por si mesmo sem nossa interferência, ou seja, aquilo que já tem seu curso fixado, como as leis naturais e culturais; a contingência diz respeito a fatos que podem ocorrer de uma ou de outra maneira conforme o acaso, dependendo assim de alguma força sobrenatural cujos desígnios desconhecemos, ou seja, aquilo cujo curso é inexistente, podendo acontecer de uma forma ou de outra.
Ora, se de acordo com a necessidade — também chamada de fatalidade ou determinismo — o curso das coisas já está fixado, e de acordo com a contingência as coisas acontecem ao acaso e não há curso nenhum no qual possamos intervir, não há lugar para a liberdade.
Cabe a nós, portanto, questionar se nos sobra somente o fardo de viver ou se, como escreveu o filósofo Sartre, o que importa não é saber o que fizeram de nós e sim o que fazemos com o que quiseram fazer conosco.
Liberdade para Aristóteles:
A liberdade é concebida como o poder pleno e incondicional da vontade para determinar a si mesma ou para ser autodeterminada. Assim na concepção aristotélica, a liberdade é o principio para "escolher entre alternativas possíveis", realizando-se como decisão e ato voluntário.Contrariamente ao necessário ou à necessidade, sob a qual o agente sofre a ação de uma causa externa que o obriga a agir sempre de uma determinada maneira, no ato voluntário livre o agente é a causa de si, isto é, causa integral de sua ação.
Liberdade para Sartre:
Sartre levou essa concepção ao ponto limite.Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Quando