A liberdade em Leibniz
Leibniz, principalmente à noção de substância que Leibniz busca reabilitar do filósofos
“antigos”. Neste parágrafo, Leibniz apresenta argumentos de como a noção de uma substância não inviabiliza a ação livre e, consequentemente, vê-se em que se fundamenta o que Leibniz chama de uma ação livre. É interessante como Leibniz busca reconciliar a tradição filosófica com os ditos “modernos”, propondo uma terceira via de análise que equilibra as duas posições. Primeiro, é necessário investigarmos no que consiste uma substância simples: “A
Mônada, de que falaremos aqui, é apenas uma substância simples que entra nos compostos.
Simples, quer dizer: sem partes” (LEIBNIZ, 1974, p. 63). Consequentemente não pode ser divisível em porções menores, devido a não ter partes, nem pode surgir da composição de outras, pois teria partes. Uma substância simples pode surgir apenas por criação e cessar por aniquilamento, ambas ações divinas.
Conhecer a noção de uma substância simples significa ter uma compreensão tão perfeita da lógica de funcionamento da substância que se é capaz de deduzir todos os seus predicados, como as propriedades geométricas a partir de uma definição.
Podemos dizer que a natureza de uma substância individual ou de um ser complexo consiste em ter uma noção tão perfeita que seja suficiente para compreender e fazer deduzir de si todos os predicados do sujeito a que se atribui esta noção (ibid., p. 82).
No Discurso da Metafísica, texto escrito em 1686, Leibniz é econômico na questão da comunicação entre as substâncias, mas expõe detalhadamente sua tese de ausência de comunicação em um artigo posterior intitulado Sistema Novo da Natureza e da Comunicação das Substâncias, texto escrito em 1695. Na Monadologia, texto escrito em 1714, Leibniz afirma “As Mônadas não têm janelas por onde