A Juventude Continua Revolucionária
Prof.Washington Nunes
Certo dia dando aula pra uma turma de ensino médio, falando sobre as utopias da Juventude Revolucionária de 1968, o “ano que não terminou”, fiquei me perguntando onde anda aquela juventude tão subversiva da década de 1960? Será que a juventude mudou? O guerrilheiro e revolucionário Ernesto Che Guevara costumava dizer que “ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”. Isso significa que as utopias estão em nós, apesar de a deixarmos, muitas vezes, adormecerem. A juventude de 1968 lutava contra regimes ditatoriais, no Brasil ela combatia uma ditadura violenta que foi iniciada em 1964, em uma manobra que tinha a frente à direita brasileira com apoio dos Estados Unidos, direita esta que com esse golpe pretendia combater as políticas reformistas do então presidente João Goulart, que pretendia implantar reformas de base no estado, tirando alguns privilégios da elite brasileira. A juventude brasileira se organizou de diversas formas para combater o regime através de movimentos revolucionários como MR8, através da UNE que teve uma participação importantíssima de mobilização dos estudantes para luta, e terminou tendo seu prédio destruído pelos militares, parte dos estudantes presos, outros mortos, etc. Mais a juventude se organizava por todo o mundo não apenas na luta contra regimes autoritários, mas também pelo direito das mulheres usarem pílulas anticoncepcionais, pelo direito do uso sem preconceito de minissaias etc., além da luta pelo o uso livre da maconha e da liberdade de expressão, pelo fim do capitalismo do imperialismo e repudio a guerra do Vietnã. A conclusão que tive foi de que a juventude continua revolucionária, mas as bandeiras são outras; a juventude desse século se organiza de diversas formas em movimentos como o movimento negro, LGBT, religioso, estudantil, sindical, mulheres, entre outros. Como