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A QUESTÃO DO JOVEM PROFISSIONAL DA REVOLUÇÃO
Resposta aos argumentos da fração de OT na jr de Fpolis. Depois desta, todos os jovens que assinam, saíram de OT e decidiram se dedicar a Juventude Revolução Independente

“Atualmente, em sua maioria, essas forças de trabalho (revolucionárias), são exauridas no estreito campo de ação do trabalho local. Mas, então, haveria a possibilidade e a oportunidade contantes de transferir de um extremo a outro do país todo agitador mesmo que pouco capaz. Após terem começado por pequenas viagens para tratar de assuntos do partido, os militantes estariam habituados a viver inteiramente por conta do partido; tornar-se-iam revolucionários profissionais e preparar-se-ia para o papel de verdadeiros chefes políticos.” (V.I.Lênin, Que Fazer? Pág 132)

“A proposta de liberar militantes, baseado num sistema de remuneração de vendas, é contraditória com a luta pelo socialismo e levaria a descaracterização da JR. Estas questões são, no nosso entender, mortais a saúde política da Juventude Revolução.” (Carta aos militantes assinada por MP, DD, GR, LS, FM)

A questão do profissional da revolução

Muitas organizações tratam a militância como algo importante na formação do indivíduo, uma experiência a mais de vida, etc. Em razão do desenvolvimento histórico do movimento de juventude, quando um jovem diz ser militante, parece não ser algo muito sério, parece como um clubinho que, depois de algum tempo se enjoará e voltar-se-á novamente para os problemas reais da vida: escola, universidade, emprego. Então, a militância apresenta-se (para os pais, por exemplo) como um bom passa-tempo, um passa-tempo instrutivo.
Envolvida por essa consciência coletiva da sociedade e do tempo, a própria organização acaba por se enquadrar no modelo. Ela diz que o jovem tem que dedicar a vida à revolução, mas isso soa mais como uma frase grandeloguente, com um sentido muito mais subjetivo do que real.